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sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Uma tarde...



Eu ainda assisto o nascer do sol todas às manhãs

E sento na varanda quando ele se põe

Olho as estrelas e tento adivinhar seus nomes

As vezes estico o braço para pegar algodão doce do céu

Outras vezes eles não estão maduros.

Então a chuva chega e o gostinho de tuti fruti se desmancha em minha boca,

Como é doce essa infância...

Eu poderia ser o que eu quero ser, mas desejei não ser nada.

Quero apenas permanecer em algum lugar onde não ocupe espaço

Quem sabe assim alguém tenha dó de mim e me deixe ficar sem querer incomodar na imaginação?

Quando me embalo para casa sinto o cheiro de morango de minha mãe

Sempre imaginei que mães tinham cheiros de melão, mas a minha não.

E as vezes ela me embala mesmo quando não tenho direção...

Eu gosto de tudo que me faça acreditar,

Gosto de você, gosto até de seu cabelo quando acorda,

Simplesmente gosto e me permitiria ficar balançando minha cabeça

Para lá e para cá ao embalo de Edward Sharpe The Magnetic Zeros

Abriria um jornal hoje, colocaria meus óculos e acenderia um cigarro.

Imaginaria ter filhos, depois de uma ida ao super mercado levando flores a você...

Eu posso tudo quando estou dançando nas nuvens...