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sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Open the door(mas a de trás fechada)


Pensa que não está sozinho, mas o único ser que te observa é o espelho, todos te abandonaram e ninguém pode fazer mais nada por ti além de você mesma. Imagina os caminhos com menos obstáculos, mas não encontra nenhum, leva o sofrimento no olhar, a percepção da alma para quem já está cansado de nadar em águas rasas... Um dia ei de escutar a respiração por debaixo de um casco. Sabe do que precisa, mas da dica errada, ela está tentando enganar alguém... Quem sabe ela mesma já não se enganou tentando se alto enganar, e agora já não sabe mais como voltar. Todos só sabem a criticar, sente saudades das compreensões alheias, onde nunca encontrou. Tem vontade de participar, mas ninguém convidou e talvez o único motivo por continuar sozinha seja porque ainda ninguém a descobriu... Reclamou da vida algumas vezes, mas agora a vida que reclama dela, tenta empurrar para beirada, quem sabe assim o vento consegue ajudar seus passos...

Das poucas vezes que sentiu seu coração soube que era bom, sabia que o sangue que percorria em suas veias era precioso, mas o deixou de sentir já faz algum tempo,sempre tenta renová-lo em trinta dias...Desta vez o consumo foi pouco,aconteceu a reciclagem,mas ainda continua impermeável,cansada,desiludida, precisa ir a escola,não sabe mais o abecedário...E como uma fita de vídeo game onde assoprava para sair a poeira e a encaixava para voltar a jogar,foi que se decidiu não apertar mais o start...Então assim sua vida continuou 24h sem parar com seu humor peculiar,mas sabendo que nunca mais vai parar,pois nada a espera e o que fica já é passado e o passado vira museu e o museu gosta de circulação de pessoas...


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